De repente, vagando pelos contatos offline do msn deparo-me com lembranças boas proém dolorosas, que um dia foram guardadas em algum lugar para serem esquecidas. Bate aquele vazio ao passar pelo nick de alguém que não deveria ter saído da minha vida, mas que simplesmente se foi... A sensação de vazio toma conta de mim, e fico confusa... Dá aquela vontadezinha lá no fundo de me esconder feito criança e chorar. Por que não fiz nada em relação à isto mesmo...?
Incrível a vontade que dá de pegar o telefone e ligar para a pessoa, mesmo sabendo que isto só fará mal para nós dois.
Pela primeira vez na vida, arrependo-me por ter feito algo na vida, e não ter feito nada pra não deixar este algo me escapar.
P.S.: Obrigada aos meus leitores imaginários, por aparecerem aqui mesmo com tão poucas atualizações.
6 de out. de 2010
21 de set. de 2010
Ociosidade
O cursor pisca incessantemente na tela, enquanto a inspiração não vem. Toma mais um gole de vinho e acende outro cigarro. Observa novamente a claridade bruxuleante que passa pela janela. Fecha os olhos e ouve o barulho da chuva, traga o cigarro.
Volta a olhar pro cursor, imaginando sobre o quê exatamente escrever ali naquele espaço tão branco, esperando pela cor de sua imaginação. Traga novamente o cigarro. Observa a fumaça que sobe lentamente fazendo desenhos no ar.
Ah, como sente falta das curvas que um dia inspiraram tantos textos coloridos. Novamente o cursor, a chuva, a luz pela janela, a fumaça do cigarro - agora acabando, o espaço em branco. Finalmente desiste. Apaga a tela monótona e brilhante, volta pro quarto e vai dormir.
Volta a olhar pro cursor, imaginando sobre o quê exatamente escrever ali naquele espaço tão branco, esperando pela cor de sua imaginação. Traga novamente o cigarro. Observa a fumaça que sobe lentamente fazendo desenhos no ar.
Ah, como sente falta das curvas que um dia inspiraram tantos textos coloridos. Novamente o cursor, a chuva, a luz pela janela, a fumaça do cigarro - agora acabando, o espaço em branco. Finalmente desiste. Apaga a tela monótona e brilhante, volta pro quarto e vai dormir.
22 de jun. de 2010
Jogo de Poker
A mesa em veludo verde, o ambiente em semi-luz, a fumaça do cigarro pairando no ar.
As cartas em minhas mãos, as cartas nas mãos dela...
"She gave me the Queen
She gave me the King
She was wheelin' and dealin'
Just doin' her thing
She was holdin' a pair
But I had to try
Her Deuce was wild
But my Ace was high
But how was I to know
That she'd been dealt with before
Said she'd never had a Full House
But I should have known
From the tattoo on her left leg
And the garter on her right
She'd have the card to bring me down
If she played it right"
Suas mãos, sua pele, a parte do seio semi-nú que seu decote deixava transparecer.
Seu pescoço, o rosto pequeno e redondo contrastando com os grandes lábios vermelhos e seus profundos olhos negros.
"Poker face was her name
Poker face was her nature
Poker straight was her game
If she knew she could get you
She play'd 'em fast
And she play'd 'em hard
She could close her eyes
And feel every card
But how was I to know
That she'd been shuffled before
Said she'd never had a Royal Flush
But I should have known
That all the cards were comin'
From the bottom of the pack
And if I'd known what she was dealin' out
I'd have dealt it back"
A parte das coxas que sua saia curta deixava aparecer, a meia arrastão preta deixando à mostra pequenos pedaços daquela pele que lembrava a textura da seda.
A moça na minha frente que tirava-me o fôlego, e não permitia que eu me concentrasse no jogo.
Ah, o jogo... Onde estávamos mesmo?
"She's got the Jack
She's got the Jack, And who knows what else?
She's got the Jack, yeah, yeah
She gave me the Jack hey
Ooh, can't ya tell?
You Never know! She's got the Jack"
_________________________________________________
Ao som de AC/DC - The Jack
As cartas em minhas mãos, as cartas nas mãos dela...
"She gave me the Queen
She gave me the King
She was wheelin' and dealin'
Just doin' her thing
She was holdin' a pair
But I had to try
Her Deuce was wild
But my Ace was high
But how was I to know
That she'd been dealt with before
Said she'd never had a Full House
But I should have known
From the tattoo on her left leg
And the garter on her right
She'd have the card to bring me down
If she played it right"
Suas mãos, sua pele, a parte do seio semi-nú que seu decote deixava transparecer.
Seu pescoço, o rosto pequeno e redondo contrastando com os grandes lábios vermelhos e seus profundos olhos negros.
"Poker face was her name
Poker face was her nature
Poker straight was her game
If she knew she could get you
She play'd 'em fast
And she play'd 'em hard
She could close her eyes
And feel every card
But how was I to know
That she'd been shuffled before
Said she'd never had a Royal Flush
But I should have known
That all the cards were comin'
From the bottom of the pack
And if I'd known what she was dealin' out
I'd have dealt it back"
A parte das coxas que sua saia curta deixava aparecer, a meia arrastão preta deixando à mostra pequenos pedaços daquela pele que lembrava a textura da seda.
A moça na minha frente que tirava-me o fôlego, e não permitia que eu me concentrasse no jogo.
Ah, o jogo... Onde estávamos mesmo?
"She's got the Jack
She's got the Jack, And who knows what else?
She's got the Jack, yeah, yeah
She gave me the Jack hey
Ooh, can't ya tell?
You Never know! She's got the Jack"
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Ao som de AC/DC - The Jack
23 de fev. de 2010
And it breaks my heart, It breaks my heart...
Sempre amei a todos dando-lhes a maior liberdade possível. Claro que isso é porque odeio ciúmes infantis e coisas do gênero. Mas também sou obrigada a admitir que era uma espécie de maneira de afastar qualquer possibilidade de contato muito próximo.
De certa forma, sempre foi uma maneira de manter uma espécie de zona segura, para não sofrer muito em casos de separações repentinas.
O problema é quando sentimos que essa zona segura tem atrapalhado, e aparece a vontade de ficar completamente desprotegida emocionalmente.
Tenho sentido vontade de abrir o coração como quem abre uma caixa de Pandora, e deixá-lo aberto, pelo menos até que outra decepção o feche novamente.
Sinto que é chegada a hora de deixar o sentimento arder em brasa, e queimar tudo até a ultima ponta. Mas... com quem mesmo? Pequeno e importantíssimo detalhe...
Enquanto isso, o jeito é continuar mantendo a zona segura... Com uma grande abertura para, quem sabe um dia, sentir algo bom por alguém.
__________________________________________________
Ouvindo:
Regina Spektor - Fidelity
De certa forma, sempre foi uma maneira de manter uma espécie de zona segura, para não sofrer muito em casos de separações repentinas.
O problema é quando sentimos que essa zona segura tem atrapalhado, e aparece a vontade de ficar completamente desprotegida emocionalmente.
Tenho sentido vontade de abrir o coração como quem abre uma caixa de Pandora, e deixá-lo aberto, pelo menos até que outra decepção o feche novamente.
Sinto que é chegada a hora de deixar o sentimento arder em brasa, e queimar tudo até a ultima ponta. Mas... com quem mesmo? Pequeno e importantíssimo detalhe...
Enquanto isso, o jeito é continuar mantendo a zona segura... Com uma grande abertura para, quem sabe um dia, sentir algo bom por alguém.
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Ouvindo:
Regina Spektor - Fidelity
14 de fev. de 2010
Divagando
Interessante como alguns meses sem namorado e com muuuita bebida podem nos fazer realmente bem.
Mais interessante ainda, é que mesmo sabendo que no fim tudo dá errado, ainda sentir falta de alguem pra chamar de namorado. Sabe, aquilo de poder ficar abraçado com alguem por um bom tempo, sem ter nada pra fazer nem ter pessa pra acabar, de comprar um sorvete no parque só pra poder lambuzar a outra pessoa quando está distraído... Enfim, divago.
Apesar de não ser uma sensação nada agradável quando descobrimos que a pessoa que um dia chamamos de namorado tenha uma idéia totalmente distorcida do que realmente somos. E novamente divago.
Em tudo isso, a parte mais estranha é que continuamos sentindo falta de alguem pra abraçar.
Dedicado à garrafa de Martini, que me acompanha neste exato momento.
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Mais interessante ainda, é que mesmo sabendo que no fim tudo dá errado, ainda sentir falta de alguem pra chamar de namorado. Sabe, aquilo de poder ficar abraçado com alguem por um bom tempo, sem ter nada pra fazer nem ter pessa pra acabar, de comprar um sorvete no parque só pra poder lambuzar a outra pessoa quando está distraído... Enfim, divago.
Apesar de não ser uma sensação nada agradável quando descobrimos que a pessoa que um dia chamamos de namorado tenha uma idéia totalmente distorcida do que realmente somos. E novamente divago.
Em tudo isso, a parte mais estranha é que continuamos sentindo falta de alguem pra abraçar.
Dedicado à garrafa de Martini, que me acompanha neste exato momento.
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6 AM, Christmas morning
No shadows
No reflections here
Lie cheek to cheek in your cold embrace.
It started so tragic as a slaughterhouse
She pressed the knife against your heart
And say that 'I love you' so much you must kill me now.
I love you so much you must kill me now...
5 de jan. de 2010
Sobre como tudo pode melhorar de repente
Posso dizer que hoje escreveria algo, se não estivesse com a alma tão leve.
Escreveria se as palavras não teimassem em saírem voando como borboletas, e terminassem todas em sorriso.
Escreveria se cada pensamento meu não terminasse em apenas uma pessoa.
Diria provavelmente que em momentos como esse, é preciso segurar a alma, para que não saia voando pra onde se deseja estar.
E que a saudade é triste, mas cada momento de que me lembro a torna quase felicidade.
Diria, tambem, que não sei como ainda me seguro para não sair correndo em sua direção, como uma criança quando vê alguem querido.
Diria, finalmente que não paro de contar as horas pra que poss vê-lo novamente...
E agradeceria, por me devolver a vontade de escrever.
Escreveria se as palavras não teimassem em saírem voando como borboletas, e terminassem todas em sorriso.
Escreveria se cada pensamento meu não terminasse em apenas uma pessoa.
Diria provavelmente que em momentos como esse, é preciso segurar a alma, para que não saia voando pra onde se deseja estar.
E que a saudade é triste, mas cada momento de que me lembro a torna quase felicidade.
Diria, tambem, que não sei como ainda me seguro para não sair correndo em sua direção, como uma criança quando vê alguem querido.
Diria, finalmente que não paro de contar as horas pra que poss vê-lo novamente...
E agradeceria, por me devolver a vontade de escrever.
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